segunda-feira, 10 de junho de 2013

Espiritualidade Machista

Embora as escrituras mostrem insistentemente a iniciativa divina na obra de salvação, que somos salvos pela graça, que o Grande amante saiu ao nosso encalço, a nossa espiritualidade ainda parece começar com o eu, não com Deus. A responsabilidade pessoal toma o lugar da resposta pessoal. Parecemos absorvidos pelos próprios esforços de crescer em santidade. Falamos de adquirir virtude, como se fosse algum tipo de habilidade que pode ser adquirida pelo esforço pessoal, como uma boa caligrafia ou um equilibrado balanço do taco de golfe. Em períodos de penitencia, focamos nos livrar de nossas obsessões e suar por meio de vários exercícios espirituais, como se fosse um programa para desenvolver a musculatura religiosa.
A ênfase recai no que eu faço em vez de que no que Deus esta fazendo em minha vida. Nessa abordagem machista, Deus é reduzido a um velho espectador bonachão do lado de fora da área. Nossa mística orienta-nos a atribuir qualquer crescimento na vida espiritual aos nossos esforços robustos e resoluções vigorosas. Convencemo-nos de que podemos nos sair muito bem nesse negocio de seguir a Jesus se apenas, de uma vez por todas, tomarmos uma resolução firme e nos mergulharmos de cabeça. Bem, se isso é tudo o que há no discipulado cristão, então nas palavras da cantora Peggy Lee: “ Deixa rolar o álcool”. Tudo o que estamos fazendo é tomar a lenda do homem que venceu pelos próprios esforços e a transferir da esfera econômica para a espiritual.
“ Como vocês podem crer, se aceitam glória uns dos outros, mas não procuram a glória que vem do Deus único?”  (João 5:44)
(Meditações para Maltrapilhos)

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Sem espaço para Fingimento


Jesus chega ao âmago da questão quando deposita a criança sobre a perna, Ela não é muito centrada em si e por isso não é cheia de acanhamentos e inibições, nem é dada a fingimentos.. Recordo-me da noite em que o pequeno Jonh, de três anos de idade, bate em nossa porta acompanhado dos pais. Olhei para baixo e disse:
_ Olá, John! Que bom ver você!
Ele não olhou nem pra esquerda nem pra direita. Tinha o rosto rígido como uma pedra. Franziu a testa, meio cerrando os olhos com a mira apocalíptica de uma arma em posição de tiro.
_ Cadê os biscoitos? _ Exigiu.
O reino pertence a pessoas que não estão tentando fazer parecer que são boas, nem buscando impressionar ninguém, muito menos a si próprias. Não ficam arquitetando meios de chamar a atenção para si, preocupadas com a forma em que suas ações serão interpretadas, nem se perguntando se ganharão medalhas por seu comportamento. Vinte séculos depois, Jesus dirige-se incisivamente ao asceta presunçoso que se deixou enredar pelo narcisismo fatal do perfeccionismo espiritual, também àqueles de nós que se viram gloriando-se de suas vitorias na vinha, àqueles de nós que se preocupam demasiadamente, fazendo estardalhaço, com suas fraquezas humanas e defeitos de caráter. A criança não precisa lutar por uma boa posição que lhe permita relacionar-se com Deus.

(Extraido do livro Meditações para Maltrapilhos - Brennan Manning)

Sem Reservas


Para mim, a confiança ousada, que corre riscos, é a convicção inabalável de que Jesus e o Pai me amam de uma maneira que desafia a imaginação. Significa aceitar sem reservas tudo o que o Aba de Jesus ordenou para minha vida, ter a atitude de Jesus quando orou no jardim “ Não seja feita a minha vontade, mas a tua”, fazer minha a oração de Dag Hammarskjold: “ Por tudo o que passou, obrigado. Para tudo o que virá, sim”.
Talvez a única forma genuína de medir o grau de intrepidez da minha confiança seja minha prontidão para o martírio. Não somente minha disposição para morrer por ele e pela causa do evangelho, mas para viver para ele um dia de cada vez.
(Extraido do Livro Meditações para Maltrapilhos - Brennan Manning)

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Ame o Negligenciado


“Coloque o avental da humildade para servir um ao outro” 1 Pedro 5:5

Servir não requer habilidade singular ou diploma de seminário. Não importam quais sejam suas forças, treinamentos, ou cargos na igreja, você pode... amar o negligenciado.

Jesus senta em sua sala de aula, usando os óculos grossos, roupas antiquadas, e um rosto triste. Você o viu. Ele é Jesus.

Jesus trabalha em seu escritório. Grávida de novo, ela aparece para trabalhar tarde e cansada. Ninguém sabe quem é o pai. Segundo os boatos, nem mesmo ela sabe quem é o pai. Você a viu. Ela é Jesus.

Quando você conversa com o aluno solitário, ajuda a mãe exausta, você ama Jesus. Ele se vestiu com aparência de negligenciado e rejeitado. “Sempre que vocês fizeram uma dessas coisas para alguém negligenciado ou rejeitado, era eu - vocês fizeram para mim” (Mateus 25:40).

Oro para que essa verdade entre no nosso coração e nos constranja a amar verdadeiramente os negligenciados e rejeitados tão presentes em todos os cantos...

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Lutas e Glória


Então ele começou a ensinar-lhes que era necessário que o Filho do homem sofresse muitas coisas e fosse rejeitado pelos líderes religiosos, pelos chefes dos sacerdotes e pelos mestres da lei, fosse morto e três dias depois ressuscitasse.” ( Marcos 8:31)

 

Saber que Jesus é o Messias de Deus é uma coisa. Seguir Jesus como nosso Senhor é completamente outra.

 Fazer com que nossas mentes, corações e vidas se alinhem é sempre um desafio.
Depois que os discípulos de Jesus o confessaram como o Cristo, ele sabia que tinha de ensiná-los o verdadeiro caminho para a glória.

Cada um dos Evangelhos nos lembra que este caminho levou à cruz de agonia antes de levar à coroa da glória.

A igreja primitiva capturou esta ideia num cântico que os lembrava que eles, também, deveriam andar nesse mesmo caminho (veja Filipenses 2:5-11).

Nós somos um povo indo em direção ao céu, mas podemos estar certos de que encontraremos buracos ao longo do caminho e até morros íngremes para escalar, quando Satanás tenta nos desviar e derrotar.

Nosso Salvador, no entanto, já andou neste caminho, e ele é nosso grande lembrete de que o caminho nos leva a compartilhar na sua glória também.

 

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Judas, o homem que nunca soube o que era conhecer


"Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade" (João 4:24).

Eu fico pensando às vezes como Judas era. Qual a sua aparência, como agia, quem eram seus amigos.

Acho que pintei em minha mente um retrato dele.
Sempre o imaginei como um homem magro, de olhos redondos e negros, astucioso, vil; com barba pontuda e tudo. Minha ideia o mostrava distanciando dos outros apóstolos. Sem amigos. Remoto. Ele era sem dúvida desonesto e traiçoeiro. Provavelmente produto de um lar destruído. Um delinquente juvenil na adolescência.

Fico porém me perguntando se isso é mesmo verdade. Não temos qualquer evidência (salvo o silêncio de Judas), sugerindo seu isolamento.
Há pouca razão para crer que fosse desonesto. De fato, ele cuidava da tesouraria. Ninguém poria um ladrão para tomar conta do dinheiro.
Na última ceia, quando Jesus disse que seu traidor estava sentado' à mesa, não vemos os apóstolos se voltarem imediatamente para Judas como o culpado lógico.

Penso que julgamos Judas erroneamente.
Ele talvez fosse o oposto disso tudo. Em lugar de astucioso e magro, quem sabe era robusto e jovial. Em vez de calado e introvertido, poderia ter sido falante e bem-intencionado. Não sei.

Mas, apesar de tudo que não sabemos sobre Judas, de uma coisa temos certeza: ele não tinha um relacionamento com o Mestre.

Ele viu Jesus, mas não o conheceu. Ele ouviu Jesus, mas não compreendeu. Tinha religião, mas não comunhão.

Ao rodear a mesa no cenáculo, Satanás procurava um tipo especial de homem para trair o Senhor. Precisava de um homem que tivesse visto Jesus, mas não o conhecesse.
De alguém que soubesse dos atos de Jesus, mas não atentasse na sua missão.
Judas era esse homem. Ele conhecia o império, mas jamais conheceu o Homem.

Aprendemos esta lição eterna do traidor. As melhores armas de destruição de Satanás não estão fora, mas dentro da igreja.
Nenhuma igreja morrerá por causa da imoralidade em Hollywood ou da corrupção em Brasília. Mas morrerá corroída por dentro, por aqueles que levam o nome de Jesus, e nunca o conheceram.

Judas levava o manto da religião, mas jamais conheceu o coração de Cristo. façamos disso o nosso objetivo: conhecer... profundamente.

 

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Nosso Cristo Cortês

“Pois nem mesmo o Filho do homem veio para ser servido, mas para servir". Marcos 10:45
Eu nunca havia pensado muito antes sobre a cortesia de Cristo, mas quando eu comecei a ver, percebi que Jesus fez a Emily Post parecer-se com o Archie Bunker.
Ele sempre bate antes de entrar. Ele não precisa. Ele é o dono do seu coração.
Se alguém tem o direito de entrar sem pedir licença, é Cristo. Mas ele não o faz.
Você ouve aquela batida suave? É Cristo. “Eis que estou à porta e bato” (Apocalipse 3:20).
E quando você atente, ele espera seu convite para cruzar o limiar...
E quando ele entra, ele sempre traz um presente.
Alguns trazem Chianti e margaridas.
Cristo traz “o dom do Espírito Santo” (Atos 2:38).
E, enquanto ele fica, ele serve. “Pois nem mesmo o Filho do homem veio para ser servido, mas para servir" (Marcos 10:45).

Se você está sentindo falta de seu avental, você o encontrará nele.
Ele está servindo os convidados enquanto eles se sentam (João 13:4-5).
Ele não comerá até dar graças, e ele não sairá até que as sobras sejam recolhidas (Mateus 14:19-20).
Esse é nosso Deus! Que de verdade possamos nos espelhar Nele.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

A Visão de Deus sobre Sua Vida

"Tu és o meu refúgio e a minha fortaleza, o meu Deus, em quem confio". Salmos 91:2
Já aconteceram realmente coisas ruins com você?
Você e Deus podem ter diferentes definições para a palavra ruim. Pais e filhos têm.
Consulte a palavra ruim no dicionário de um estudante do 1º grau, e você lerá definições como “espinha no nariz”, ou “prova surpresa de geometria”. “Pai, isso é muito ruim!” os jovens falam.
O pai, que já passou por isso algumas vezes, pensa diferentemente. Espinhas passam...
O que você e eu podemos avaliar como um desastre total, Deus pode avaliar como um problema no mesmo nível da espinha que passará.

Ele vê sua vida como você vê um filme depois de ler o livro.
Quando algo ruim acontece, parece que o ar do cinema foi sugado. Todos os outros ficam ofegantes com a crise na tela. Você não. Por quê? Você leu o livro. Você sabe como o mocinho sai da enrascada.

Deus vê sua vida com a mesma segurança. Ele não só leu sua história... ele a escreveu.


quinta-feira, 23 de agosto de 2012

A Estufa do Coração

 
 
"Tudo o que o homem semear, isso também ceifará" Gálatas 6.7.

Pense um momento em seu coração como uma estufa para plantas...
E o seu coração, como uma estufa, deve ser administrado.

Considere por um instante os seus pensamentos como sementes.
Alguns pensamentos tornam-se flores.
Outros, ervas daninhas.
Plante sementes de esperança, e desfrute de otimismo.
Plante sementes de dúvidas, e espere insegurança...

A prova está em toda parte que você olhe.
Nunca se perguntou por que algumas pessoas têm a capacidade "teflon" de resistir ao negativismo, e permanecerem pacientes, otimistas e perdoadoras?
Seria porque elas diligentemente espalharam sementes de bondade e estão desfrutando da colheita?

Já se perguntou por que outros têm um ponto de vista tão acerbo?
Uma atitude tão sombria? Você também teria, se o seu coração fosse uma estufa de espinhos e ervas daninhas.


quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Aplauda sonora e frequentemente

“Cantem para ele e louvem-no; relatem todas as suas maravilhas.” Salmos 105:2
Deus nunca tirou os olhos de você. Nem por um milisegundo.
Ele sempre está perto. Ele vive para ouvir seu coração bater. Ele ama ouvir suas orações.
Ele morreria por seu pecado antes de deixar você morrer em seu pecado, então Ele o fez.
O que você faz com tal Salvador?
Você não canta para ele?
Você não declara, confessa, e proclama seu nome?
Você não dobra um joelho, abaixa uma cabeça, martela um prego, alimenta os pobres, e eleva o seu dom em adoração?
Claro que você faz.
Adore a Deus.
Aplauda-o sonora e frequentemente.
Por amor a você, você precisa disso.
Por amor a Deus, ele merece isso.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Um Quadro de Paciência



Venha comigo para Paris, França, 1954. Elie Wiesel é um correspondente de um jornal judeu. Uma década antes, ele era um prisioneiro em um campo de concentração judeu. Uma década mais tarde, ele seria conhecido como o autor de Night, o Prêmio Pulitzer – vencedor relato do Holocausto. Finalmente, ele será premiado com a Medalha de Sucesso Congressional e o Prêmio Nobel da Paz.

Mas esta noite, Elie Wiesel é um desconhecido de 26 anos correspondente de um jornal. Ele está prestes a entrevistar o autor francês François Mauriac, que é um cristão devoto. Mauriac é o mais recente poeta laureado vencedor do Prêmio Nobel de literatura e um especialista na vida política francesa.

Wiesel aparece no apartamento de Mauriac, nervoso e fumando sem parar – suas emoções ainda estavam em frangalhos pelo horror alemão, e seu conforto como escritor ainda estava cru. O Mauriac mais velho tenta deixá-lo à vontade. Ele convida Wiesel para entrar, e os dois sentam-se na sala pequena. Antes que Wiesel consiga fazer uma pergunta, entretanto, Mauriac, um firme católico romano, começa a falar sobre seu assunto preferido: Jesus. Cresce a inquietação de Wiesel. O nome de Jesus é um dedão pressionado em suas feridas infeccionadas.

Wiesel tenta desviar a conversa mas não consegue. É como se tudo na criação levasse de volta a Jesus. Jerusalém? Jerusalém é o lugar onde Jesus ministrou. O Velho Testamento? Por causa de Jesus, o Velho é agora enriquecido pelo Novo. Mauriac converte todos os assuntos para o Messias. A raiva em Wiesel começa a esquentar. O antissemitismo cristão com o qual ele cresceu, as camadas de dor de Sighet, Auschwitz e Buchenwald – tudo isso ferve. Ele guarda sua caneta, fecha seu notebook e levanta-se zangadamente.

“Senhor”, ele disse para Mauriac que estava sentado e imóvel, “você fala de Cristo. Os cristãos adoram falar dele. A paixão de Cristo, a dor de Cristo, a morte de Cristo. Em sua religião, isso é tudo sobre o que vocês falam. Bem, eu quero que você saiba que há dez anos atrás, não muito longe daqui, eu conheci crianças judias que sofreram mil vezes mais, seis milhões de vezes mais do que Cristo na cruz. E nós não falamos sobre elas. Você consegue entender, senhor?
Nós não falamos sobre elas”. (David Aikman, Great Souls: Six Who Changed the Century, Nashville: Word Publishing, 1998, p. 341-342).

Mauriac está pasmo. Wiesel se vira e marcha para fora da porta. Mauriac senta em choque, o seu cobertor de lã ainda ao redor dele. O jovem repórter está apertando o botão do elevador quando Mauriac aparece no hall. Ele suavemente estica a mão para o braço de Wiesel. “Volte”, ele suplica. Wiesel concorda, e os dois sentam-se no sofá. Nessa hora, Mauriac começa a chorar. Ele olha para Wiesel mas não diz nada. Somente lágrimas.

Wiesel começa a desculpar-se. Mauriac não terá nada disso. Em vez disso, ele incita seu jovem amigo a falar. Ele quer ouvir sobre isso – os campos, os trens, as mortes. Ele pergunta a Wiesel por que ele não colocou isto no papel. Wiesel conta a ele que a dor é muito intensa. Ele fez um voto de silêncio. O homem mais velho diz a ele para quebrá-lo e falar.

A noite mudou os dois. O drama tornou-se o solo de uma amizade perpétua. Eles se escreviam até a morte de Mauriac em 1970. “Eu devo minha carreira a François Mauriac”, Wiesel disse... e foi a Mauriac que Wiesel enviou o primeiro manuscrito de Noite.

E se Mauriac tivesse deixado a porta fechada? Alguém o culparia? Cortado pelas palavras afiadas de Wiesel, ele poderia ter ficado impaciente com o jovem bravo e ter ficado contente por ter se livrado dele. Mas ele não poderia e não ficou. Ele reagiu decisivamente, rapidamente e amavelmente. Ele foi “devagar em ferver”. E, por causa disso, um coração começou a curar.

Posso incitá-lo a fazer o mesmo?

“O Senhor é paciente com vocês” (2 Pedro 3:9). E se Deus está sendo paciente com você, você não pode passar alguma paciência a outros? Claro que pode. Porque antes do amor vem outra coisa:

O amor é paciente.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Não é o que você faz!


“Agora já não há condenação para os que estão em Cristo Jesus”. Romanos 8:1

Nunca há um ponto onde você é menos salvo do que era quando Cristo o salvou.

Só porque você se irritou durante o café da manhã não significa que você foi condenado durante o café da manhã.

Quando você perdeu a calma ontem, você não perdeu sua salvação.

Seu nome não desaparece e reaparece no livro da vida conforme seu humor e suas ações...

Você é salvo, não por causa do que você faz, mas por causa do que Cristo fez.

Que alivio!

A Capela - Onde o homem fecha a boca


"Santificado seja o teu nome..."

Quando morei no Brasil, levei minha mãe e sua amiga para conhecer Foz do Iguaçu, a maior cachoeira do mundo. Algumas semanas antes, eu tornara um perito em cataratas, lendo um artigo na revista National Geographic. Certamente, pensava eu, minhas hóspedes apreciarão a boa sorte de me terem como guia.

Para alcançar o mirante, os turistas devem percorrer uma trilha sinuosa, que os leva através da floresta. Aproveitei a caminhada para fazer à minha mãe e à sua amiga um relato da natureza de Iguaçu. Estava tão cheio de informações, que tagarelei o tempo todo. Após alguns minutos, entretanto, surpreendi a mim mesmo falando cada vez mais alto. Um som à distância forçava-me a elevar a voz. A cada volta da trilha, eu aumentava o volume. Finalmente, eu estava gritando acima do ruído, o que era completamente irritante. Qualquer que fosse aquele barulho, eu preferia que o desligassem até eu terminar minha preleção.

Só depois de chegar à clareira, compreendi que o ruído que ouvíamos era a cachoeira. Minhas palavras foram abafadas pela força e o furor daquilo que eu estivera tentando descrever. Não pude mais ser ouvido. Ainda que eu pudesse, não tinha mais uma audiência. Mesmo minha mãe preferia ver o esplendor a ouvir minha descrição. Calei a boca.

Há ocasiões em que o falar profana o momento... O silêncio representa o mais elevado respeito. A palavra para tais ocasiões é reverência. A oração para estes momentos é "Santificado seja o teu nome". E o lugar para esta oração é a capela.

Se há paredes, você não as percebe. Se há bancos, você não precisa deles. Seus olhos estão fixos em Deus, e seus joelhos, no chão. No centro da sala há um trono, e, perante o trono, um banco no qual se ajoelhar.

Não se preocupe em ter as palavras certas; preocupe-se antes em ter o coração certo. Não é eloquência que Ele procura, apenas honestidade.


segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Seja Misericordioso

“Senhor, quantas vezes deverei perdoar a meu irmão quando ele pecar contra mim? Até sete vezes?” Mateus 18:21
A lei judaica estipulava que os ofendidos perdoassem três vezes.
Pedro está disposto a dobrar isso e adicionar mais um. Sem dúvida ele acha que Jesus ficará impressionado.
Jesus não fica. A resposta do Mestre ainda nos espanta.
“Sete! Dificilmente. Tente setenta vezes sete.” (Mateus 18:22).
Se você está parando para multiplicar setenta por sete, você não está entendendo.

Controlar a sua misericórdia, Jesus está dizendo, não é ser misericordioso.


Palavras de Força


“Nenhuma palavra torpe saia da boca de vocês, mas apenas a que for útil para edificar os outros”. Efésios 4:29

Antes de você falar, pergunte: o que eu estou a ponto de dizer ajudará os outros a se tornarem mais fortes?

Você possui a habilidade, com suas palavras, de fazer com que uma pessoa fique mais forte.

Suas palavras são para a alma delas o que uma vitamina é para o corpo delas. Se você tivesse comida e visse alguém com fome, você não a compartilharia? Se você tivesse água e visse alguém morrendo de sede, você não a daria? Claro que você faria isso. Então você não fará o mesmo para seus corações? Suas palavras são comida e água!

Não negue encorajamento ao desanimado.

Não sonegue afirmação ao abatido!
Diga palavras que faça as pessoas mais fortes. Acredite nelas como Deus acreditou em você.