quinta-feira, 1 de julho de 2010

DÍSCIPULO BEBADO...

Um mestre tinha centenas de discípulos. Todos oravam na hora certa - exceto um, que vivia bêbado.

O mestre foi envelhecendo. Alguns dos alunos mais virtuosos começaram a discutir quem seria o novo líder do grupo, aquele que receberia os importantes segredos da tradição.

Na véspera de sua morte, porém, o mestre chamou o discípulo bêbado e lhe transmitiu os segredos ocultos.

Uma verdadeira revolta tomou conta dos outros.

- Que vergonha! gritavam pelas ruas. Sacrificamo-nos por um mestre errado, que não sabe ver nossas qualidades.

Escutando a confusão do lado de fora, o mestre agonizante comentou:

- Eu precisava passar estes segredos para um homem que eu conhecesse bem.Todos os meus alunos eram muito virtuosos e mostravam apenas suas qualidades. Isso é perigoso; a virtude muitas vezes serve para esconder a vaidade, o orgulho, a intolerância. Por isso escolhi o único discípulo que eu conhecia realmente bem, já que podia ver seu defeito: a bebedeira.

Coisas que Não Voltam!

Diz um sábio provérbio:

Há três coisas na vida que nunca voltam atrás: a flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida.

Flecha lançada...

Quantas coisas fazemos sem pensar que nos rendem horas, dias e às vezes anos de arrependimento. “ Ahh se eu num tivesse feito isso... Ahh se eu tivesse evitado aquilo...”... Toda ação tem reação, toda causa tem um efeito.

Balanceie: Vale a pena? Vai melhorar sua vida? Vai te trazer bons frutos? As vezes um minuto de êxtase pode custar dias de lágrimas.

Pare, reflita! Controle seus impulsos... Não aja por agir, aja com a razão.

Palavra Pronunciada:

Reflita exatamente em cada palavra que você disser. Não diga nada por dizer, por estar magoado, mas diga pensado.

Não me refiro só a não descarregar sua raiva em ninguém, mas também no sentido de não iludir a ninguém.

Pense, pondere reflita. Guarde a língua se não tiver certeza, guarde a língua se for emoção.

Palavras têm poder...Poder de edificar, matar e iludir.

Uma ofensa pode ter efeitos mais avassaladores que uma bomba assim como um “eu te amo” sem sentido pode amargurar uma vida inteira...

Oportunidade Perdida:

Não perca oportunidade de fazer a diferença, não perca oportunidade de fazer o dia de alguém melhor.

Por mais que seu dia seja atarefado, cheio de aborrecimento, stress ou mesmo que você esteja triste por alguma razão, não perca a oportunidade de dizer às pessoas que te rodeiam o quanto elas são importantes, o quanto elas valem pra você, não perca oportunidade de fazer alguém sorrir.

Quantas oportunidades nós perdemos de dizer a alguém o quanto ela alegra nossa vida, simplesmente por acharmos que ela já sabe que é importante.

Expressar carinho nunca é demais, todas as pessoas carecem disso e amanhã pode ser tarde demais...

CASA E LAR

Casa é uma construção de cimento e tijolos.

Lar é uma construção de valores e princípios.

Casa é o nosso abrigo das chuvas, do calor, do frio...

Lar é o abrigo do medo, da dor e da solidão.

Casa é o lugar onde as pessoas entram para dormir, usar o banheiro, comer.

Onde temos pressa para sair e retardamos a hora de voltar.

O lar é o lugar onde os membros da família anseiam por estar nele, onde refazem suas energias, alimentam-se de afeto e encontram o conforto do acolhimento. É onde temos pressa de chegar e retardamos a hora de sair.

Numa casa criamos e alimentamos problemas.

O lar é o centro de resolução de problemas.

Numa casa moram pessoas que mal se cumprimentam e se suportam.

Num lar vivem companheiros que, mesmo na divergência, se apóiam e nas lutas se solidarizam.

Numa casa moram pessoas que mal se cumprimentam e se suportam.

Num lar vivem companheiros que, mesmo na divergência, se apóiam e nas lutas se solidarizam.

Numa casa desdenha-se dos nossos valores.

No lar sonhamos juntos.

Numa casa há azedume e destrato.

Num lar sempre há lugar para a alegria.

Numa casa nascem muitas lágrimas.

Num lar plantam-se sorrisos.

A casa é um nó que oprime, sufoca...

O lar é um ninho que aconchega.

Transforme sua casa em um lar de verdade...

BRINCANDO DE SER DEUS

Um grupo de cientistas estavam decidindo qual deles iria encontrar com Deus e dizer a ele que eles não precisavam mais dÈle.

Finalmente um dos cientistas apresentou-se como voluntário e foi dizer a Deus que Ele não era mais necessário...

Assim, ao encontrar Deus, o cientista diz a Ele;

- Deus, sabe como é, um punhado de nós tem pensado neste assunto e eu vim dizer que você não é mais necessário.

Quero dizer, nós temos elaborado grandes teorias e idéias, nós clonamos uma ovelha e logo, logo iremos clonar humanos.

Como você pode ver, nós realmente não precisamos de você.

Deus balança a cabeça, compreensivamente e diz:

- Bom, sem ressentimentos. Mas, antes, vamos fazer um concurso. O que você acha?

O cientista diz:

- Para mim, tudo bem. Que tipo de concurso?

- Um concurso de fazer homem - Deus responde.

- Legal ! Sem problemas !

- Exclamou o cientista,e rapidamente se adianta pegando um punhado de barro e diz:

- Vamos lá, estou pronto!!!

- E Deus diz:

- Não assim.

Você tem que criar seu próprio barro...

A ciência jamais compreenderá as grandezas de Deus!

Aquela Velha Opinião...

Existem pessoas que acham que sabem de tudo um pouco. Para estas o mais importante é emitir sua opinião. Nesta perspectiva, os sabichões da existência discutem futebol, hóquei no gelo, literatura, matemática, engenharia, medicina, música e até teologia. Basta aparecer uma pequena discussão que lá vem o palpiteiro com suas idéias e percepções querendo impor sua sabedoria aos “incautos debatedores”.

O pior é que em tempos de relativismo como o nosso, tais indivíduos tem por hábito questionar a Bíblia afirmando que os tempos são outros e que virtude disto necessitamos de uma nova interpretação das Escrituras. Nesta perspectiva tudo é lícito no namoro, nas relações familiares, no trabalho e na igreja.

Caro leitor, a Palavra do Senhor não muda. Suas verdades jamais poderão ser relativizadas. As verdades de ontem, são as de hoje e serão as de amanhã. Do ponto de vista bíblico não dá para emitir novas interpretações doutrinárias que contraponham a tudo aquilo que o Senhor já ensinou. Em outras palavras isto significa dizer, que a Bíblia sempre vai tratar do pecado como pecado, e não como tabus que precisam ser quebrados.

Os que têm opinião formada sobre tudo precisam ter seus conceitos e idéias medíocres rechaçados, até porque, não podemos negociar o inegociável. Para os que crêem em DEUS, a bíblia sempre será a suprema autoridade em matéria de vida e doutrina. Além disso, ela sempre será o árbitro de todas as controvérsias, como também a norma para todas as decisões de fé e vida.

A palavra de Deus é a verdade, quer você creia quer não , e neste caso, o seu ponto de vista é insignificante...

BATATAS E MAGOAS...

O professor pediu para que os alunos levassem batatas e uma bolsa de plástico para a aula. Durante a aula ele pediu para que separassem uma batata para cada pessoa de quem sentiam mágoas, escrevessem os seus nomes nas batatas e as colocassem dentro da bolsa.

Algumas das bolsas ficaram muito pesadas. A tarefa consistia em, durante uma semana, levar a todos os lados a bolsa com as batatas. Naturalmente a condição das batatas foi se deteriorando com o tempo. O incômodo de carregar a bolsa, a cada momento, mostrava-lhes o tamanho do peso espiritual diário que a mágoa ocasiona, bem como o fato de que, ao colocar a atenção na bolsa, para não esquecê-la em nenhum lugar, os alunos deixavam de prestar atenção em outras coisas que eram importantes para eles.

Esta é uma excelente metáfora do preço que se paga, todos os dias, para manter a dor, a bronca e a negatividade.

Quando damos importância aos problemas não resolvidos ou às promessas não cumpridas, nossos pensamentos enchem-se de mágoa, aumentando o stress e roubando nossa alegria. Perdoar e deixar estes sentimentos irem embora é a única forma de trazer de volta a paz e a calma.

A JUSTIÇA

Quando criança eu tinha a mania de me sentir sempre injustiçado. Por um ou outro motivo, não me tinham feito justiça, sem perceber que, para mim, a “injustiça” era sempre qualquer restrição feita aos meus desejos, fantasias e vontades.

E invariavelmente arrebentava em lágrimas de protesto.

Um dia papai me chamou e disse:

- Meu filho, vamos combinar uma coisa. Você sabe que papai não gosta de ver você triste, não é? Então nós vamos fazer o seguinte: cada vez que você chorar, escreva num papel a causa. Coloque o papel no vaso azul, ali, sobre a escrivaninha. Deixe passar alguns dias e leia-o. Se achar que o assunto ainda o está aborrecendo, venha a mim, conte-me o caso e eu lhe prometo que corrigirei a injustiça que tiverem feito contra você. Combinado?

Estava combinado. Nos primeiros dias eu enchi o vaso azul de anotações. Passadas no preto e branco, minhas queixas me pareciam perfeitamente justificadas.

Passaram-se os dias e meu pai voltou a falar comigo.

- Você já pode começar a reexaminar os seus papéis. Depois venha falar comigo.

Comecei. Mas, estranhamente, constatei que minhas queixas eram banais e que, na realidade, não havia naquilo nada que pudesse motivar aborrecimento.

Abreviei o espaço dos dias e, depois, passei a examinar os papéis horas depois dos acontecimentos.

Verifiquei que não tinha nenhuma injustiça a exigir a reclamação de papai. E parei de chorar várias vezes ao dia, como estava acostumado a fazer.

Hoje compreendo que tudo foi uma brincadeira de papai. Todavia, com grande habilidade ele me levou a refletir antes de agir. E desenvolveu em mim a compreensão a respeito do que é justiça e injustiça em face do nosso egocentrismo, exigência de privilégios e pretensões descabidas.

Quem sabe esta lição não pode nos ajudar hoje? Escreva seus aborrecimentos e depois que o momento de dor passar, reflita sobre eles... A solução para suas dores pode estar na sua postura...

O arrogante

“ O arrogante não discute, não questiona e nem respeita.

Ele é a palavra, a ordem, o conceito.

Foi a arrogância que praticou as mortes de Gandhi, de Sócrates, de Jesus, e deu forma a estes “ismos”odiáveis: nazismo, stalinismo, fascismo, etc...

A arrogância é burra, porque seus detentores, ao se considerarem seres máximos de alguma coisa, porque têm dinheiro, cargo, status, não percebem a pequenez e a precariedade de tudo isso em relação ao universo, à Eternidade, ao fantástico mistério que compõe as origens.

Os realmente admiráveis são simples na medida de sua sabedoria.

O arrogante não aceita perder em nenhuma hipótese; se desconcerta além da conta por alguém discordar de sua opinião (sempre perfeita), e principalmente quer resolver a vida dos outros, determinando seus caminhos, tentando anular suas buscas e desejos, o que ele tem de mais sagrado, determinando seus sentimentos e atos.

Estamos aqui para estar lado a lado do outro, e não em cima, em alma,compreensão e afeto.”

Macacos e bananas!

A história é muito antiga, mas não menos curiosa. Algumas tribos africanas utilizam um engenhoso método para capturar macacos. Como estes são muito espertos e vivem saltando nos galhos mais altos das árvores, os nativos desenvolveram o seguinte sistema:

1) Pegam uma cumbuca de boca estreita e colocam dentro dela uma banana.

2) Em seguida, amarram-na ao tronco de uma árvore freqüentada por macacos, afastam-se e esperam.

3) Após isso, um macaco curioso desce, olha dentro da cumbuca e vê a banana.

4) Enfia sua mão, apanha a fruta, mas como a boca do recipiente é muito estreita, ele não consegue retirar a banana. Surge um dilema: se largar a banana, sua mão sai e ele pode ir embora livremente. Caso contrário, continua preso na armadilha.

Depois de um tempo, os nativos voltam e, tranqüilamente, capturam os macacos que teimosamente se recusam a largar as bananas. O final é meio trágico, pois os macacos são capturados para servirem de alimento.

Você deve estar achando inacreditável o grau de estupidez dos macacos, não é? Afinal, basta largar a banana e ficar livre do destino de ir para a panela. Fácil demais... O detalhe deve estar na importância exagerada que o macaco atribui à banana. Ela já está ali, na sua mão... parece ser uma insanidade largá-la.

Essa história é engraçada, porque muitas vezes fazemos exatamente como os macacos, teimamos em não largar o que nos dá prazer, o que enche nossos olhos e perdemos a chance de viver plenamente algo...

Nem sempre o caminho mais bonito é o correto, nem sempre o prato mais bonito alimenta, nem sempre a beleza que atrai os olhos traz conforto ao coração...

Não existe nenhuma banana a ser largada ai não? Cuidado! Certas escolhas nos levam a “panela”...

Valorize o seu talento



"A um deu cinco talentos, a outro dois, e a outro um, a cada um segundo a sua capacidade; e seguiu viagem"

(Mateus 25:15).


Um violinista, bastante elogiado em seus concertos, tinha um irmão que era pedreiro. Certo dia, uma mulher disse extasiada ao pedreiro: "Deve ser maravilhoso ter um violinista tão famoso na família." A seguir, não querendo insultar o pedreiro, ela continuou: "Claro que nós não temos o mesmo talento, e até em uma família, alguns têm mais talentos que os outros." O pedreiro respondeu à mulher: "Eu sei muito bem disso! Meu irmão violinista não entende nada sobre colocar tijolos. Se ele não fosse capaz de conseguir dinheiro tocando seu violino, não poderia contratar um sujeito competente como eu para construir uma casa. Se fosse necessário ele construir a casa para morar, estaria arruinado."

Se desejamos construir uma casa, não precisamos de um violinista. Se pretendemos contratar uma orquestra, não necessitamos de um pedreiro. Não há dois de nós exatamente iguais. Não temos todos os mesmos dons e habilidades. Somos responsáveis por exercitar os dons que possuímos e não aqueles que gostaríamos de possuir. E quando temos de tomar decisões sobre nossa própria vida e sobre qual direção tomar, devemos enfocar nossas forças e não nossas fraquezas.


Precisamos conhecer a nós mesmos. Temos de saber o que fazemos bem e nos empenhar nisso com todas as forças. Nossa determinação e esforço realçará nossas virtudes e ocultará as nossas debilidades.

Cada um de nós tem seu próprio valor. Não podemos medi-lo comparando-o com os demais. Deus nos deu talentos e cabe a nós desenvolvê-los com todo amor e prazer. Deus não deseja que façamos mais do que Ele espera de nós e nos tornamos uma grande bênção quando cumprimos a nossa parte no cenário da vontade do Senhor.

Deixamos, muitas vezes, a felicidade escapar simplesmente porque estamos empenhados em nos parecer com uma outra pessoa. Enganamo-nos. A verdadeira alegria e satisfação não se encontra nas conquistas de sonhos distantes e sim daqueles que estão ao nosso alcance.

Louve a Deus pelo talento que Ele lhe deu. Use-o como se fosse o maior de todos os talentos. E tenha certeza de que verdadeiramente é o maior. Fazendo isso, você encontrará a plenitude da felicidade para sua vida.

Afinidade

Afinidade é um dos poucos sentimentos que resistem ao tempo e ao depois. A afinidade não é o mais brilhante, mas o mais sutil, delicado e penetrante dos sentimentos. É o mais independente. Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos, as distâncias, as impossibilidades. Quando há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação, o diálogo, a conversa, o afeto no exato ponto em que foi interrompido.

Afinidade é não haver tempo mediando a vida.

É uma vitória do adivinhado sobre o real.

Do subjetivo para o objetivo.

Do permanente sobre o passageiro.

Do básico sobre o superficial.

Ter afinidade é muito raro. Mas quando existe não precisa de códigos verbais para se manifestar. Existia antes do conhecimento, irradia durante e permanece depois que as pessoas deixaram de estar juntas.

O que você tem dificuldade de expressar a um não afim, sai simples e claro diante de alguém com quem você tem afinidade.

Afinidade é ficar longe pensando parecido a respeito dos mesmos fatos que impressionam, comovem ou mobilizam. É ficar conversando sem trocar palavras. É receber o que vem do outro com aceitação anterior ao entendimento.

Afinidade é sentir com. Nem sentir contra, nem sentir para, nem sentir por, nem sentir pelo. Quanta gente ama loucamente, mas sente contra o ser amado. Quantos amam e sentem para o ser amado, não para eles próprios. Sentir com é não ter necessidade de explicar o que está sentindo. É olhar e perceber. É mais calar do que falar, ou quando é falar, jamais explicar: apenas afirmar.

Afinidade é jamais sentir por. Quem sente por, confunde afinidade com masoquismo. Mas quem sente com, avalia sem se contaminar. Compreende sem ocupar o lugar do outro. Aceita para poder questionar. Quem não tem afinidade, questiona por não aceitar. Afinidade é ter perdas semelhantes e iguais esperanças. É conversar no silêncio, tanto nas possibilidades exercidas quanto das impossibilidades vividas. Afinidade é retomar a relação no ponto em que parou sem lamentar o tempo de separação. Porque tempo e separação nunca existiram. Foram apenas oportunidades dadas (tiradas) pela vida, para que a maturação comum pudesse se dar.

E para que cada pessoa pudesse e possa ser, cada vez mais a expressão do outro sob a forma ampliada do eu individual aprimorado.

"O que fazemos em vida ecoa em toda a eternidade"

A cruz universal como traição da cruz original

Não creio que o que vou dizer esteja convictamente firmado para mim, embora seja coerente o bastante para ser dito. O desenvolvimento da teologia da redenção pela cruz, do sacrifício perfeito, tornou-se um álibi poderoso e eficaz contra a narrativa do evangelho e o seu modus vivendi a todos oferecido – o que o vício não deixa mais ver na expressão “Reino de Deus”. A teoria da morte salvífica de Cristo, isto é, a morte que uma só vítima perfeita deveria sofrer em favor de todos, de um lado propicia um esquecimento sutil das razões históricas que levaram aquele rapaz para a cruz – a saber, a sua forma insensata de viver e promover vida – e de outro, censura veladamente a necessidade ou o perigo da imitação daquela vida. Se a agonia de Cristo é redentora (e o dogmatismo faz isso ser entendido de forma absurdamente transcendental a qualquer significado existencial) e se ele foi destinado para isso, estamos todos livres do sacrifício; e se a morte dele foi provocada pela forma de vida que ele vivia e promovia, estendemos até aí a nossa isenção. Eis a construção de um silogismo falso (e extremamente conveniente): se B (a morte) não nos pertence mais, e B (a morte) é uma extensão inevitável de A (a vida), então A (a vida) também não nos pertence mais. Se não preciso imitar ao Cristo sacrificado, não preciso imitar, tampouco, ao Jesus vivo. Girardianamente falando, o bode já foi sacrificado.

O rapaz monstruosamente torturado na cruz, que pouco antes encantava com seus gestos nobres e perturbava com suas palavras precisas, a quem atribuímos uma natureza divina, não permitiu durante todo o seu ensino errático ser alçado sozinho à condição de salvador, convidando, pelo contrário e a todo momento, a segui-lo, a imitá-lo, a fazer como ele fez. Como bem percebeu Irineu e Atanásio (para ficar nos mais antigos), queria nos fazer participar de sua condição; sendo ele o ponto de partida, o primeiro entre todos, o Desbravador, sabia que a redenção não é uma mágica, muito menos um absurdo sacrifício: ela se dá num contraste impossível de expressar, entre a conversão interior a cada pessoa e a irradiação irrefreável dessa postura no meio do mundo; a redenção é consequência de uma forma de estar nesse mundo. Por isso ele quer que a sua proposta continue com aqueles que a aceitaram. E a proposta historicamente localizada para o judaísmo legalista helenizado e romanizado do seu tempo é a irradiável e irremediável e graciosa generosidade de Deus, testemunhada no fato de que a vida, o sol e a chuva, são dados todo dia sem nenhuma exigência de pagamento – seja em boas intenções, seja em boas obras. Isso bate de frente com o ensino dogmático de um deus mesquinho e antropomórfico, que faz barganha, exige pagamentos. Entretanto, a Generosidade, que no fim das contas tomará conta de tudo e todos, precisa antes disso que os que a descobriram e a ela aderiram livremente vivam como se já estivessem lá naquele futuro. Ou seja, se acreditamos num Deus generoso, seremos divinamente generosos e portanto humanos em tudo, e isso vai ser irradiado. E é aqui que chega o “porém”…

Esse tipo de anti-teologia, no contexto em questão, só pode partir dos que nada têm a perder, e quando começar a irradiar vai fatalmente atingir quem quer que esteja numa posição de poder e obtenha ganhos com a teologia da culpa e da barganha com um deus implacável, mais juiz que Pai. Ou seja, isso vai atingir de cheio os poderosos do contexto em questão. Caso ocorra da forma convencional, esses caras vão fazer de tudo para manterem seu poder, inclusive matar os que se atreverem a ser generosos e bondosos. E é o Poder, qualquer poder que inflija culpa, separação e desigualdade, que os Desbravadores da Generosidade terão que negar e enfrentar, apenas portando a generosidade de um deus, o que pode levar à morte.

Portanto, a cruz não é necessária em si, sendo essa conclusão fruto da teologia pagã do mérito. A cruz é conseqüência de um confronto direto entre a Generosidade e o Poder, o Humano e o Satânico, dois elementos antagônicos da trama novelesca em que a vida se desenrola. O dramático é que para a Generosidade se livrar da cruz tem que usar um expediente de Poder e, assim, ser transformada no seu oposto. Pra permanecer generosa a Generosidade tem que se despir de qualquer poder. Sendo assim, e aplicando a anti-teologia a um caso específico, o de onde ela nasceu, Jesus não morreu piedosamente por mim, morreu desgraçadamente porque esses conceitos – Poder e Generosidade – não são entidades transcendentais, são atos e inclinações de gente humana; morreu tragicamente pelas mãos dos teólogos dogmáticos de seu tempo, judeus e romanos; morreu terrivelmente porque escolheu a Generosidade enquanto todos escolhiam o Poder, e morreu assustadoramente porque combateu o Poder com a Generosidade, morreu, enfim, pela covardia dos que escolheram o Poder.

Uma escandalosa corrupção do evangelho foi utilizar como sacrifício redentor a morte desnecessariamente dolorosa de quem abolira a necessidade de sacrifícios redentores. Assim como a mensagem do evangelho de Jesus é totalmente circunstancial e histórica, espalhando-se dentre a história de várias maneiras, também são circunstanciais e históricas sua tortura e sua morte. A cruz para Jesus, como tinha sido a cicuta para Sócrates, como foi a má-fama para Francisco de Assis, o desprezo para Nietzsche, a bala para Gandhi (para ficar nos mais famosos), nada disso era necessário, embora já estivesse cotado nas apostas deles mesmos como consequências. Deus aparece no anti-poder não por necessidade intrínseca a ele, mas por necessidade circunstancial, porque não pode deixar de ser Deus, ou seja, Generosidade. E para permanecerem na Generosidade, todos estes apresentadores de Deus julgaram necessário não abrir mão de abrir mão de qualquer poder, cada qual a seu modo, cada qual com sua linguagem, cada qual com sua cruz.

Não sei se eu percebi errado, mas me parece que o rapaz que foi crucificado propunha que se eu gostasse da sua proposta e escolhesse a Generosidade em vez do outro lado, teria que incluir essa fatalidade nas minhas pretensões. É bem possível que essa seja a causa de eu ser tão indeciso e errático e de eu carregar essa tendência pagã de freqüentar igrejas onde a imagem da cruz e as dores do crucificado são arrancadas do seu terrível significado histórico e alçadas à dignidade farisaica de universais.

WWW.baciadasalmas.com

Drogas na igreja...

Prometa-me que vai ler até o fim…

“No meio da sua praça, em ambas as margens do rio, estava a árvore da vida, que produz doze frutos, dando seu fruto de mês em mês. E as folhas da árvores são para a cura das nações.” Apocalipse 22:2

Para quem imagina que o tema tratado em Apocalipse seja o fim do mundo e a vida na eternidade, como explicar o verso acima?

A Nova Jerusalém descrita no capítulo anterior é uma figura da igreja de Cristo, uma vez que é apresentada como a esposa do Cordeiro. Ora, que outra esposa Ele teria senão Sua igreja? Trata-se, portanto, da sociedade dos santos, locomotiva da civilização do Reino de Deus.

Se a Nova Jerusalém fosse algo a ser esperado no futuro, para além da História, que sentido faria seus muros? De quê a cidade precisaria se proteger, já que os inimigos de Deus terão sido aniquilados?

O vidente João diz que não havia templos na cidade. Portanto, não se trata de uma sociedade religiosa. O Cristianismo original não pretendia ser uma nova religião, mas a pedra fundamental de uma nova civilização. Embora não houvesse santuários, havia uma praça. O que isso nos diz? Praça fala de vida social, de interação, lugar de encontro, de diálogo, de luz, fora das quatro paredes. E no meio desta praça, em vez do coreto encontramos uma árvore.

Quem é, afinal, o centro de todas as nossas atividades? Quem ocupa o lugar central de nossas existências? De quem nos alimentamos? Em quem encontamos o fruto da vida eterna? Não há outra resposta possível senão uma: CRISTO! Ele é a Árvore da Vida! Foi Ele quem disse: “Quem de mim se alimenta, por mim viverá!”

Seus frutos não são esporádicos, mas constantes. Toda estação é propícia para dar seus frutos.

O que mais chama a minha atenção neste verso em particular é a última sentença.

Naquela época era comum o uso de folhas como remédio. É daí que vem o hábito de tomar chá, fartamente cultivado nas cidades grandes. Ninguém duvida do poder medicinal que tem algumas plantas. Lembro-me do quanto chá de quebra-pedra tive que tomar quando sofri de cálculos renais. E ainda hoje, quando não consigo dormir, recorro ao chá de camomila ou de erva-doce.

Como se processa o chá? Folhas são deixadas por alguns minutos em água fervendo. Aos poucos, a água vai absorvendo as propriedades da planta, mudando sua coloração. O nome deste processo é infusão.

Estudos sugerem que o chá tem muitas propriedades benéficas importantes, por exemplo: é anticancerígeno, aumenta o metabolismo, ajuda o sistema imunológico, reduz o mau-hálito, diminui o stress, tem efeitos até sobre o HIV.

A folhagem da árvore da vida aponta para a inserção da igreja na vida social do mundo. Em vez de assimilarmos, somos assimilados.

Isso explica porque Deus não removeu Seu povo deste mundo. Nossa vocação promordial é a de ser sal da terra, provendo não apenas sabor, mas também preservação.

Para tal, temos que estar inseridos na xícara (mundo), liberando nossas propriedades terapêuticas.

Em vez disso, tornamo-nos numa sociedade extremamente religiosa e alienada do mundo. Cristo almeja curar as nações, e o único remédio de que dispõe já foi ministrado: é a presença da igreja no mundo.

A igreja precisa inserir-se na cultura, nas ciências, na política, no mundo empresarial, na educação, etc. Não me refiro à igreja como instituição, mas como organismo vivo, representado por cada um dos seus membros.

Marx tinha razão. A religião é o ópio do povo. Trazendo pra nossa realidade latino-americana, diríamos que a religião é a cocaína do povo. De onde vem a cocaína? Ou mesmo a maconha? De folhas. Tais plantas foram igualmente criadas por Deus, e têm, comprovadamente, propriedades medicinais. Porém, Deus não as criou para serem fumadas, ou transformadas em pó para ser inaladas.

Da mesma forma, a impressão que se tem é que a igreja entrou no ramo de tráfico da droga religiosa. Estamos oferencendo ao mundo o produto da árvore da vida processado para ser fumado e cheirado.

Que efeito a droga produz no usuário? Entorpecimento. Quem usa droga fica desligado da realidade. Cria até uma espécie de realidade paralela, onde a fantasia se confunde com o mundo real. Até que ponto a mensagem que tem sido pregada em nossos púlpitos não tem efeito alucinógeno nos crentes?

Que pena! O que deveria ser remédio, virou droga. E que droga!!!

Ao invés de nos posicionarmos no centro da praça, preferimos a comodidade dos guetos. Sentimo-nos mais seguros na pinumbra, com nossa subcultura, nosso evangeliquês imbecilizado. Enquanto isso, a criação segue aguardando impaciente a manifestação dos filhos de Deus.

genizah

Pérolas a Porcos....

Era uma vez um suinocultor que amava sua criação. Cuidava dos porcos com muito carinho. Todavia, sua pocilga nada tinha de higiênica. Entendia que os suínos só se sentiriam bem num ambiente malcheiroso, cheio de lama. Mas resolveu tentar uma mudança. Será que seus animais se adaptariam num local bem limpo?

Assim fez. Defronte à pocilga fétida, construiu uma com todos os requintes de assepsia: água abundante; vasilhames novos; alimentação balanceada; banhos diários dos animais com escovação e xampu; iluminação adequada e outros benefícios.

Passados três meses, o criador estava feliz da vida. Seus porcos cresciam saudáveis e ganhavam peso mais rapidamente. Restava demolir a antiga e fedorenta pocilga. Antes de fazê-lo, pensou com seus botões:

- Será que os meus queridos porcos se esqueceram mesmo da antiga morada?

Será que estão condicionados ao novo tratamento e não mais se lembram da velha e imunda habitação? Os porcos são passíveis de regeneração?

Era preciso ter certeza disso. Certo dia abriu a porta das duas pocilgas e ficou observando. Cinco minutos depois, saiu o primeiro dos cinco suínos e correu para a pocilga imunda; depois mais um, mais outro e, finalmente, todos voltaram à velha habitação:

“O cão voltou ao seu próprio vômito, e a porca lavada, ao espojadouro de lama” (2 Pe 2.22).

É possível que haja homens assim, que amem a imundície? É possível, apesar das portas que o Evangelho abre para um viver longe da sujeira do pecado.

Há os que estão com seus corações tão endurecidos que só lhes resta “certa expectação horrível de juízo e ardor de fogo” (Hb 10.27). Sábia é a palavra que diz:

“Não deis aos cães as coisas santas, nem deiteis aos porcos as vossas pérolas” (Mt 7.6) e “não fales aos ouvidos do tolo, porque desprezará a sabedoria das tuas palavras” (Pv 23.9).

Quer Vencer?

Quer vencer os desafios?

- confie em Deus

Quer ser bom no que faz?

- Pratique!

Quer alcançar o objetivo?

- Jamais desista!

Quer crescer?

- Tenha raízes.

Quer ver resultados?

Persevere.

Quer ser feliz?

- Esqueça o passado

Quer falar bem?

- Escute melhor.

Quer aprender?

- Persista em ler.

Quer realização pessoal?

- Sirva!

Quer fazer diferença?

- Pague o preço.

Aqueles que nada fazem e esperam algum tipo de vitória estão enganados.

A vitória é dos que lutam, dos que agem, dos que ’saem do porto’.

A vitória é dos que se arriscam para alcançar o alto da montanha.

RELIGIÃO OU EVANGELHO?

Existem várias religiões, mas um só Evangelho.

A religião é obra do homem, o Evangelho é dom de Deus.

A religião é o que o ser humano pode fazer para Deus; o Evangelho é Deus fazendo tudo pelo homem.

A religião é o homem em busca de Deus; o Evangelho é Deus buscando o homem.

A religião consiste na tentativa humana de subir a escada de sua justiça própria; o Evangelho diz que Deus desceu ao mundo mediante a encarnação de Jesus Cristo para encontrar os pecadores, como eu e você, no mais baixo nível da escala.

A religião pretende manifestar a boa vontade do homem; o Evangelho é a boa nova do amor de Deus.

A religião reforma o exterior; o Evangelho transforma o interior.

A religião branqueia a superfície; o Evangelho produz o novo nascimento, a verdadeira vida. O "evangelho... é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê" (Romanos 1:16)

O Senhor Jesus veio e "evangelizou a paz a vós que estáveis longe e aos que estavam perto" (Efésios 2:17).

Qual é essa paz? Trata-se do amor de Deus e da salvação que Ele oferece aos homens por meio de Jesus Cristo. O ser humano não está só, nem deixado à própria sorte e pensamentos, pois Deus lhe estende a mão. Aquele que crê no filho de Deus recebe o perdão dos pecados (Atos 10:43).

O tempo está cumprido, e o Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e crede no evangelho. (Marcos 1:15) .

O homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo.

(Gálatas 2:16)

Nossa fé é a plena confiança em um Salvador vivo, e isso nenhuma religião é capaz de produzir ou de imitar.

Sentimentos

Quanto tempo dura uma alegria para você?

Se for uma comemoração bacana, algo muito esperado, quanto tempo você comemora?

Se for uma disputa, um campeonato e você for o campeão, quanto tempo dura a emoção do triunfo?

E se for um amor, o primeiro beijo depois de muita batalha?

Quanto tempo seus lábios ficam sentindo esse gostinho, e quanto tempo seu coração fica disparado?

Preste atenção nas emoções da alegria,

por maior que seja a explosão de felicidade, deixamos escapar os bons momentos pelos vãos dos dedos, parece que nossa alma anseia sempre por algo mais, o amor de ontem vira rotina nos próximos dias, o campeonato tão disputado já virou troféu na galeria, e daquele dia tão lindo, só restam algumas fotos, meio amareladas pelo tempo, pelo desuso.

Já a dor, o sentimento de perda,

esse não esquecemos facilmente.

Perceba quanto tempo choramos pelos entes queridos?

Quanto tempo perdido ao lamentar o amor que se foi?

Muitos não recuperam depois de perder um campeonato, outros não conseguem esquecer uma traição, outros não conseguem perdoar qualquer contradição, e arrastam por longos anos, o sentimento da dor, cultivando uma doença na alma, um câncer que não se cura, uma ferida que não seca.

Assim, neste dia que também vamos esquecer rapidamente, guarde a lição da vida, da natureza que lentamente constrói, desde filetes de água que um dia serão oceanos, até pequenos grãos de areia que se ajuntam com o vento, e um dia serão montanhas que iremos escalar, "seja grato com a vida que te traz oportunidades, saiba agradecer o pão que teu suor conquista, não lamente o que se perdeu, chore apenas pelo que não consegues buscar, porque todas as coisas te são possíveis, neste dia em que a alegria passa ligeiro, e a tristeza quer fazer morada, no coração de quem não aprendeu, que a vida é a jóia mais preciosa, que Deus entregou na mão de um ser especial, a quem Ele carinhosamente chama de filho: você.

Cuide bem do seu tesouro, a vida é dom de Deus!

Simples como pão com manteiga...

Conta a história que um casal tomava café da manhã no dia de suas bodas de prata.

A mulher passou a manteiga na casca do pão e o entregou para o marido, ficando com o miolo.

Ela pensou: "Sempre quis comer a melhor parte do pão, mas amo demais o meu marido e, por 25 anos, sempre lhe dei o miolo. Mas hoje quis satisfazer meu desejo. Acho justo que eu coma o miolo pelo menos uma vez na vida".

Para sua surpresa, o rosto do marido abriu-se num sorriso sem fim e ele lhe

disse: "Muito obrigado por este presente, meu amor... Durante 25 anos, sempre desejei comer a casca do pão, mas como você sempre gostou tanto dela, jamais ousei pedir!"

Moral da história:

1. Você precisa dizer claramente o que deseja, não espere que o outro adivinhe...

2. Você pode pensar que está fazendo o melhor para o outro, mas o outro pode estar esperando outra coisa de você...

3. Deixe-o falar, peça-o para falar e quando não entender, não traduza sozinho. Peça que ele se explique melhor.

PS: Tão simples como um pão com manteiga!

Torradas Queimadas

Um jovem casal mostrava-se preocupado e ansioso a respeito de seu filho de quatro anos de idade que até aquele momento não começara a falar. Levaram-no a especialistas, mas os médicos não encontraram nada de errado com ele.

Certa manhã, durante o café, o menino deixou escapar:

"Mãe, a torrada está queimada."

"Você falou! Você falou!" gritou a mãe. "Eu estou muito feliz! mas, por que demorou tanto tempo?"

"Bem, até agora," disse o menino, "as coisas estavam indo bem."

O texto humorístico que serve de introdução à nossa reflexão de hoje pode ser o retrato da realidade de muitos de nós em relação a Deus nos dias atuais. Só lembramos de falar com o nosso Senhor quando as coisas não vão muito bem.

Se tudo está acontecendo conforme nossa vontade, se a nossa vida está cercada de momentos de grande alegria, se nossos projetos profissionais vão de vento em popa e se estamos passando por um momento no qual chegamos a

dizer: "Se melhorar estraga," então esquecemos de Deus e não lembramos de falar com Ele um minuto sequer durante os nossos dias.

Se o dinheiro nos falta, se as enfermidades nos assolam, se os amigos se afastam e nos sentimos abandonados, se perdemos o emprego ou vamos mal na Faculdade, então corremos para o quarto e clamamos com todas as nossas

forças: "Senhor, ajuda-me." É claro que devemos buscar a Deus nas horas de dificuldades. Ele é o nosso socorro presente em todos os momentos de angústia. Ele tem prazer em nos estender as mãos e nos ajudar a resolver os problemas. Mas precisamos também nos lembrar do Senhor nas horas de regozijo. Ele ficará muito feliz ao ouvir de você: "Senhor, obrigado porque Tu tens suprido minhas necessidades, pelo bom emprego que me tens dado, pela paz e pela saúde reinando em minha casa, pelos amigos que têm estado comigo glorificando o Teu nome e adorando-Te por todas as bênçãos que temos recebido."

Não deixe para falar com Deus apenas quando a sua "torrada" espiritual estiver queimada. Louve-O pelas "torradas" deliciosas que Ele tem dado, no ponto, para seu deleite e felicidade.

"Em ti me alegrarei e exultarei; cantarei louvores ao teu nome, ó Altíssimo"

(Salmo 9:2).

Um dia de chuva...

Havia passado o dia inteiro com sua mãe, numa grande loja. Uma bela menina ruiva, com rosto sardento, clara imagem da inocência, não devia ter mais do que 6 anos.

Quando se dispunham a abandonar a loja, estava chovendo canivetes. Aquela chuva que de tão forte, você consegue ver a distância entre um pingo e o outro… nem sequer consegue ver quando cai no chão… Todos ficamos em frente à porta, protegidos da chuva. Estávamos aguardando, alguns pacientemente, e outros irritados porque a natureza estava estragando a sua pressa rotineira.

Sempre gostei de chuva. Fico olhando para os céus, lavando a sujeira e a poeira deste mundo. E ao mesmo tempo, as lembranças da infância correndo embaixo da chuva, são bem-vindas como um jeito de aliviar todas as minhas preocupações.

A voz dessa pequena era tão doce que me tirou da minha hipnose com esta inocente frase: "Mamãe, vamos correr na chuva!" "Mamãe, vamos correr na chuva!" "Sim, mamãe... Mamãe, vamos correr na chuva! " "Não querida… Vamos esperar que a chuva pare",respondeu a mãe pacientemente...

A menina aguardou mais um minuto e repetiu:

“Mamãe, vamos correr na chuva!"

E a mãe disse:

“Mas se o fizermos vamos ficar encharcadas…"

"Não mamãe, não vamos nos molhar. Não foi isso que você disse hoje ao papai..."

Foi a resposta da menina, enquanto falava segurando no braço da mãe… “Nesta manhã? Quando eu disse que podemos correr na chuva e não nos molharmos?"

“Você não se lembra?

Quando você falou com o papai sobre o câncer dele, você disse que se Deus faz com que possamos passar através disso, podemos atravessar qualquer coisa".

Todos ficamos em silêncio absoluto. Eu juro que não se ouvia nada além da chuva. Ficamos em pé, silenciosamente. Ninguém entrou nem saiu da loja nos minutos que se seguiram. A mãe parou para pensar por um momento sobre o que deveria responder. Esse era um momento crucial na vida daquela garotinha, um momento em que a inocência e a confiança podiam ser motivadas, para que no

futuro pudessem florescer numa fé inabalável…

“Meu amor, você tem razão. Vamos correr na chuva. E se Deus permite que fiquemos encharcadas, pode ser que Ele saiba que precisamos duma lavadinha"...

E saíram correndo...

Todos nós ficamos olhando para elas, rindo enquanto iam correndo pelo estacionamento, pisando em todas as poças d’água.

É claro que ficaram encharcadas, mas não foram as únicas...

Alguns as seguiram, rindo como crianças, enquanto iam até os seus carros.

É verdade, eu também corri. E também é verdade que fiquei encharcada… certamente Deus achou que eu precisava de uma lavadinha.

As circunstâncias ou as pessoas podem nos tirar as nossas posses materiais, podem levar o nosso dinheiro, e podem levar a nossa saúde.

Mas ninguém pode nos tirar as posses mais valiosas:

NOSSAS LEMBRANÇAS!

Então não esqueça de tirar tempo e de ter uma chance para se encher de lembranças a cada dia. Um amigo me enviou isto para me fazer lembrar do

seguinte:

“Cada lembrança é um tijolo que constrói a minha vida”.

Tire às vezes um tempinho para correr na chuva!

TIRE UM TEMPO PARA VIVER!

E não esqueça:

Às vezes Deus quer lhe dar uma “encharcadinha”. Mas jamais vai lhe deixar sozinho. E se Ele permitiu que você passe por tormentas em sua vida… Tenha a certeza de que também vai passar por esta, e a outra, e a próxima… Após cada uma delas, você vai ver de novo o Seu amor em cada arco-íris.

Passa de mim esse cálice . . .

Tenho medo pelas pessoas que dizem nada temer.

Não pode haver tamanho orgulho e por detrás desses corajosos há uma alma que precisa de ajuda.

Quem foi mais perfeito que Jesus?

E que grande lição de humildade quando, em meio à angústia, Ele disse:

-"Pai, se possível, passa de mim esse cálice."

Não me lembro em algum momento em que Ele tenha dito que não tinha medo de nada, que era forte, corajoso e valente, mesmo se possuía todos esses atributos e ainda muito mais.

Ele sabia quem era e do que era capaz.

Sem palavras.

Jesus, além de Santo, era humano e provou ao preço das próprias lágrimas.

"O temor do Senhor é o princípio da sabedoria.

Os loucos desprezam a sabedoria e a instrução" diz a Bíblia.

O medo é esse sentimento estranho que se agarra às nossas entranhas e deixa a vida assim como que se estivesse pendurada por um fio.

Ele nos deixa frágeis, abertos e acessíveis ao que tememos.

Mas, paradoxalmente, a nossa consciência dele é o que nos alerta para a porta de saída.

Quem não teme, não se prepara.

É a consciência da nossa fragilidade e exposição ao perigo que nos leva a procurar ajuda.

Uma pessoa com problemas mentais não se reconhece doente.

Os sãos sabem-se humanos.

Seria muito bom evitar todos os cálices amargos.

Mas se a vontade do Pai deve ser feita, que o bebamos sim, porque não há vitória sem luta e muito doce é o sabor da conquista.