segunda-feira, 29 de abril de 2013

Sem espaço para Fingimento


Jesus chega ao âmago da questão quando deposita a criança sobre a perna, Ela não é muito centrada em si e por isso não é cheia de acanhamentos e inibições, nem é dada a fingimentos.. Recordo-me da noite em que o pequeno Jonh, de três anos de idade, bate em nossa porta acompanhado dos pais. Olhei para baixo e disse:
_ Olá, John! Que bom ver você!
Ele não olhou nem pra esquerda nem pra direita. Tinha o rosto rígido como uma pedra. Franziu a testa, meio cerrando os olhos com a mira apocalíptica de uma arma em posição de tiro.
_ Cadê os biscoitos? _ Exigiu.
O reino pertence a pessoas que não estão tentando fazer parecer que são boas, nem buscando impressionar ninguém, muito menos a si próprias. Não ficam arquitetando meios de chamar a atenção para si, preocupadas com a forma em que suas ações serão interpretadas, nem se perguntando se ganharão medalhas por seu comportamento. Vinte séculos depois, Jesus dirige-se incisivamente ao asceta presunçoso que se deixou enredar pelo narcisismo fatal do perfeccionismo espiritual, também àqueles de nós que se viram gloriando-se de suas vitorias na vinha, àqueles de nós que se preocupam demasiadamente, fazendo estardalhaço, com suas fraquezas humanas e defeitos de caráter. A criança não precisa lutar por uma boa posição que lhe permita relacionar-se com Deus.

(Extraido do livro Meditações para Maltrapilhos - Brennan Manning)

Sem Reservas


Para mim, a confiança ousada, que corre riscos, é a convicção inabalável de que Jesus e o Pai me amam de uma maneira que desafia a imaginação. Significa aceitar sem reservas tudo o que o Aba de Jesus ordenou para minha vida, ter a atitude de Jesus quando orou no jardim “ Não seja feita a minha vontade, mas a tua”, fazer minha a oração de Dag Hammarskjold: “ Por tudo o que passou, obrigado. Para tudo o que virá, sim”.
Talvez a única forma genuína de medir o grau de intrepidez da minha confiança seja minha prontidão para o martírio. Não somente minha disposição para morrer por ele e pela causa do evangelho, mas para viver para ele um dia de cada vez.
(Extraido do Livro Meditações para Maltrapilhos - Brennan Manning)